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No Brasil, a transmissão ocorre em 19 estados, numa faixa contínua ao longo do litoral, desde o Rio Grande do Norte até a Bahia, na região Nordeste, alcançando o interior do Espírito Santo e Minas Gerais, no Sudeste. De forma localizada, está presente nos estados do Ceará, Piauí e Maranhão, no Nordeste; Pará, na região Norte; Goiás e Distrito Federal, no Centro-Oeste; São Paulo e Rio de Janeiro, no Sudeste; Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, na região Sul. Atualmente, as prevalências mais elevadas são encontradas nos estados de Alagoas, Pernambuco, Sergipe, Minas Gerais, Bahia, Paraíba e Espírito Santo.
A esquistossomose é, fundamentalmente, uma doença resultante da ausência ou precariedade de saneamento básico.
A esquistossomose mansônica é uma doença infecciosa parasitária, causada por um trematódeo (Schistosoma mansoni) que vive na corrente sangüínea do hospedeiro definitivo. O homem é o principal reservatório.
A transmissão da doença, numa região, depende da existência dos hospedeiros intermediários. No Brasil, as três espécies, por ordem de importância, envolvidas na transmissão da doença são: Biomphalaria glabrata, Biomphalaria straminea e Biomphalaria tenagophila.
Modo de transmissão - Os ovos do S. mansoni são eliminados pelas fezes do hospedeiro infectado (homem). Na água, estes eclodem, liberando larvas ciliadas denominadas miracídios, que infectam o hospedeiro intermediário (caramujo). Após quatro a seis semanas, abandonam o caramujo, na forma de cercárias que ficam livres nas águas naturais.
O contato humano com águas que contêm cercárias, devido a atividades domésticas tais como lavagem de roupas e louças, de lazer, banhos em rios e lagoas; e de atividades profissionais, cultivo de arroz irrigado, alho, juta, etc., é a maneira pela qual o indivíduo adquire a esquistossomose.
A partir de cinco semanas após a infecção o homem pode excretar ovos viáveis de S.mansoni nas fezes, permanecendo assim durante muitos anos. Os caramujos infectados liberam cercárias durante toda a sua vida, que varia de semanas até três meses.
Complicações – a principal complicação da esquistossomose mansônica é a hipertensão portal nos casos avançados, que se caracteriza por hemorragias, ascites, edemas e insuficiência hepática severa. Estes casos, a despeito do tratamento, quase sempre evoluem para óbito.
Uma das suas formas particulares é a pulmonar e a cardiopulmonar. Predomina uma arteriolite obstrutiva que ocasiona cor pulmonale crônica, insuficiência cardíaca direta e perturbações respiratórias severas.
Portadores de esquistossomose têm mais chances de desenvolver a hipertensão arterial pulmonar (HAP), doença crônica que afeta o pulmão e o coração. Estudo do Grupo de Hipertensão Pulmonar do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), indica que 5% dos pacientes com a infecção esquistossomose hepatoesplênica (mansônica ou japônica) desenvolvem o problema, o que significaria a existência de 600 mil casos de hipertensão arterial pulmonar esquistossomótica (Hape) no mundo, sendo 250 mil no Brasil.
Um estudo realizado por Lapa e seus colaboradores, em um total de 232 pacientes, identificaram hipertensão arterial pulmonar idiopática (HAPI; também conhecida como hipertensão pulmonar primária antes das classificações de Evian, em 1998, e de Veneza, em 2003) em 50% dos casos identificados. Somente 10% dos casos foram associados com doença do colágeno ou do tecido conectivo. Os casos de esquistossomose indicam a associação de produtos do ovo de Schistosoma mansoni com a indução das alterações da artéria pulmonar características de hipertensão pulmonar severa. Como vários dos pacientes portadores de hipertensão pulmonar associada com esquistossomose também sofrem de hepatopatia esquistossomótica com hipertensão portal, o processo pulmonar é provavelmente afetado pelas alterações hepáticas e formação de shunts entre a circulação portal e a circulação pulmonar.
Acredita-se que a maior parte dos portadores de esquistossomose com hipertensão arterial pulmonar no País morra sem saber ser portador do problema secundário, segundo informações do site www.hipertensaopulmonar.com.br. Quanto mais cedo iniciar o tratamento para a HAP, melhor a resposta destes portadores, visto que tal doença é menos grave nestas condições do que quando um paciente desenvolve a doença sem causas conhecidas (forma idiopática).
Conforme o site, a HAP pode ser confundida com outras doenças, porque seus principais sintomas – falta de ar, cansaço, dor no peito, tonturas e palpitações frequentes, pele azulada e inchaço nos pés e tornozelos – estão também relacionados a outras doenças como a cardiopatia isquêmica coronariana, miocardiopatias e a asma brônquica.
Referencias
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica. Brasília, 6º edição, 2005. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/esquistossomose_gve.pdf.
Diário do Grande ABC. Portador de esquistossomose pode desenvolver doença pulmonar crônica. Disponível em: http://www.amihap.com.br/.
Tuder, Rubin M.. Hipertensão pulmonar:. Caracterização baseada nd Experiência de Centros de Referência Rev. Assoc. Med.Bras. , São Paulo, v. 52, n. 3, junho de 2006. Disponível em.
No Brasil, a transmissão ocorre em 19 estados, numa faixa contínua ao longo do litoral, desde o Rio Grande do Norte até a Bahia, na região Nordeste, alcançando o interior do Espírito Santo e Minas Gerais, no Sudeste. De forma localizada, está presente nos estados do Ceará, Piauí e Maranhão, no Nordeste; Pará, na região Norte; Goiás e Distrito Federal, no Centro-Oeste; São Paulo e Rio de Janeiro, no Sudeste; Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, na região Sul. Atualmente, as prevalências mais elevadas são encontradas nos estados de Alagoas, Pernambuco, Sergipe, Minas Gerais, Bahia, Paraíba e Espírito Santo.
A esquistossomose é, fundamentalmente, uma doença resultante da ausência ou precariedade de saneamento básico.
A esquistossomose mansônica é uma doença infecciosa parasitária, causada por um trematódeo (Schistosoma mansoni) que vive na corrente sangüínea do hospedeiro definitivo. O homem é o principal reservatório.
A transmissão da doença, numa região, depende da existência dos hospedeiros intermediários. No Brasil, as três espécies, por ordem de importância, envolvidas na transmissão da doença são: Biomphalaria glabrata, Biomphalaria straminea e Biomphalaria tenagophila.
Modo de transmissão - Os ovos do S. mansoni são eliminados pelas fezes do hospedeiro infectado (homem). Na água, estes eclodem, liberando larvas ciliadas denominadas miracídios, que infectam o hospedeiro intermediário (caramujo). Após quatro a seis semanas, abandonam o caramujo, na forma de cercárias que ficam livres nas águas naturais.
O contato humano com águas que contêm cercárias, devido a atividades domésticas tais como lavagem de roupas e louças, de lazer, banhos em rios e lagoas; e de atividades profissionais, cultivo de arroz irrigado, alho, juta, etc., é a maneira pela qual o indivíduo adquire a esquistossomose.
A partir de cinco semanas após a infecção o homem pode excretar ovos viáveis de S.mansoni nas fezes, permanecendo assim durante muitos anos. Os caramujos infectados liberam cercárias durante toda a sua vida, que varia de semanas até três meses.
Complicações – a principal complicação da esquistossomose mansônica é a hipertensão portal nos casos avançados, que se caracteriza por hemorragias, ascites, edemas e insuficiência hepática severa. Estes casos, a despeito do tratamento, quase sempre evoluem para óbito.
Uma das suas formas particulares é a pulmonar e a cardiopulmonar. Predomina uma arteriolite obstrutiva que ocasiona cor pulmonale crônica, insuficiência cardíaca direta e perturbações respiratórias severas.
Portadores de esquistossomose têm mais chances de desenvolver a hipertensão arterial pulmonar (HAP), doença crônica que afeta o pulmão e o coração. Estudo do Grupo de Hipertensão Pulmonar do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), indica que 5% dos pacientes com a infecção esquistossomose hepatoesplênica (mansônica ou japônica) desenvolvem o problema, o que significaria a existência de 600 mil casos de hipertensão arterial pulmonar esquistossomótica (Hape) no mundo, sendo 250 mil no Brasil.
Um estudo realizado por Lapa e seus colaboradores, em um total de 232 pacientes, identificaram hipertensão arterial pulmonar idiopática (HAPI; também conhecida como hipertensão pulmonar primária antes das classificações de Evian, em 1998, e de Veneza, em 2003) em 50% dos casos identificados. Somente 10% dos casos foram associados com doença do colágeno ou do tecido conectivo. Os casos de esquistossomose indicam a associação de produtos do ovo de Schistosoma mansoni com a indução das alterações da artéria pulmonar características de hipertensão pulmonar severa. Como vários dos pacientes portadores de hipertensão pulmonar associada com esquistossomose também sofrem de hepatopatia esquistossomótica com hipertensão portal, o processo pulmonar é provavelmente afetado pelas alterações hepáticas e formação de shunts entre a circulação portal e a circulação pulmonar.
Acredita-se que a maior parte dos portadores de esquistossomose com hipertensão arterial pulmonar no País morra sem saber ser portador do problema secundário, segundo informações do site www.hipertensaopulmonar.com.br. Quanto mais cedo iniciar o tratamento para a HAP, melhor a resposta destes portadores, visto que tal doença é menos grave nestas condições do que quando um paciente desenvolve a doença sem causas conhecidas (forma idiopática).
Conforme o site, a HAP pode ser confundida com outras doenças, porque seus principais sintomas – falta de ar, cansaço, dor no peito, tonturas e palpitações frequentes, pele azulada e inchaço nos pés e tornozelos – estão também relacionados a outras doenças como a cardiopatia isquêmica coronariana, miocardiopatias e a asma brônquica.
Referencias
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica. Brasília, 6º edição, 2005. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/esquistossomose_gve.pdf.
Diário do Grande ABC. Portador de esquistossomose pode desenvolver doença pulmonar crônica. Disponível em: http://www.amihap.com.br/.
Tuder, Rubin M.. Hipertensão pulmonar:. Caracterização baseada nd Experiência de Centros de Referência Rev. Assoc. Med.Bras. , São Paulo, v. 52, n. 3, junho de 2006. Disponível em
Saiba mais sobre hipertensão arterial pulmonar - AMIHAP - Associação Mineira de Hipertensão Pulmonar
Olá Clecilene
ResponderExcluirObrigado pela visita. Peguei essa maldita quando era criança, mas felizmente o tratamento deu certo.
Bjux
olá clecilene quando criança tive esquistossomose é hoje com 29 anos também descobrir que tenho (HAP) doença maldita!!
ResponderExcluirTriste mesmo Vânia! Qual medicação vc esta usando e onde vc reside!
ExcluirAbç e esteja bem.