Clecilene Carvalho
Imagens google
Passamos a vida procurando nos realizar,
Trabalhamos, lutamos, sonhamos,
Perdemos-nos e encontramo-nos,
Tem aqueles que nunca se encontram.
Alguns brigam por tudo e outros por nada,
Alguns nunca dão o braço a torcer,
Outros vivem em queda de braço,
Há, também, os que dão o braço.
Uns estendem as mão e outros as escondem,
Tem os que dão o que tem e outros
Que não sabem dividir nem consigo mesmo,
E deixam no armário tudo o que poderia lhe ser bom.
Há quem diga que mudar de idéia é fraqueza,
E passam a vida arrependendo-se por não
Ter mudado o conceito e aproveitado como gostaria,
Estes vivem presos em seus armários internos.
Tem os sem razão que ganham no grito,
Tem os com razão que não perdem, apenas
Preferem, às vezes, manter a paz, mas
Mesmo assim são vistos como perturbadores.
Uns falam muito e nada dizem,
Outros que ao silenciarem dizem tudo,
Tem gente que lê sem símbolos,
Tem gente que não entende nem quando tem.
Uns vieram de passagem e outros
Simplesmente nem sabem a que veio
Alguns para serem diferentes e para fazer diferença
Tem a gente boa de verdade e os que fazem tudo para serem.
Tem gente que nem parece gente e bicho que sem ser parece.
Escrevi este texto/versos em um momento em que precisava muito desabafar, então gritei sem voz e usei palavras sem som.
As pessoas estão impacientes, não gostam de ouvir; a voz não consegue ser mansa, o grito é a palavra de ordem. Para alguns desrespeitar o direito do outro é quase um êxtase. A palavra união esta ameaçada de extinção, o amor, o respeito é fruta fora da estação. Triste viver em um mundo onde é preciso ensinar os humanos a terem humanidade e onde é preciso catástrofes para que a solidariedade seja aguçada.
As pessoas estão impacientes, não gostam de ouvir; a voz não consegue ser mansa, o grito é a palavra de ordem. Para alguns desrespeitar o direito do outro é quase um êxtase. A palavra união esta ameaçada de extinção, o amor, o respeito é fruta fora da estação. Triste viver em um mundo onde é preciso ensinar os humanos a terem humanidade e onde é preciso catástrofes para que a solidariedade seja aguçada.
Publicado em 2010.
"Às vezes escrevemos o poema, outras, somos por ele escritos."
ResponderExcluirBeijo.
Belo desabafo, Clecilene! Hoje, vivemos a crise da precariedade, precariedade de sentimentos. Gostei da sua poesia, parabéns! Um bom final de semana, beijos :)
ResponderExcluirMinha linda, quantas saudades de ti!!!
ResponderExcluirAmei sua visita lá no rabiscos, bom te ver, você faz falta.
Esse seu desabafo, ficou tão lindo, pois é verdadeiro e nele a gente desabafa junto.
Precisamos urgentemente de pessoas com brio ao nosso redor, basta de desrespeito, de preconceito e de desamor.
LINDO!!!
Beijos enormes no teu coração.
Beijos pra linda bailarina.
Precisamos desses fortes gritos de desabafos da alma...grande beijo de boa semana pra ti.
ResponderExcluirQuerida, fiquei tão feliz com sua visita, que nem imagina! Precisei ficar um tempo afastada e agora estou voltando, mas ainda precisa ser devagar. Demorei para retribuir a visita, mas já estou seguindo-a e virei com mais constância, agora. Esse seu cantinho é ótimo e essa poesia, então, traz verdade em cada palavra! Você descreveu muito bem todos os tipos de pessoas com quem convivemos. Amei! Um beijão!
ResponderExcluir