By Clecilene Carvalho, inspirada por um bom amigo.
Imagem: Google
Estranho mas intrigante, fascinante,
esta curiosa necessidade de saber nossa origem. Separamos, na maioria das
vezes, o físico do emocional e até do espiritual. A questão pode estar na
dificuldade de conectar tudo, mas creio, realmente, que é complicado. São
tantas perguntas complexas, exemplo... Qual o sentido dos nossos sentidos? Temos
percepção, memoria, intuição, vontade para ir além das nossas forças,
imaginação e ainda queremos ter razão em tudo. Nossa! Como esquecer os
sentidos?
Compreender quem de fato somos
deveria ser a maior das premissas, mas são tantas obrigações, deveres e responsabilidades
que uma hora ou outra abandonamos nosso foco, nossos sonhos e passamos a viver
para realizar sonhos de outros. A vida adulta nos poda, feito o que fazem com
as arvores que podem danificar a rede elétrica.
Poxa! Como esquecer que assim,
como o universo, somos pura energia. Tudo é na verdade uma rede, um enovelado
de nós e de tudo. Fomos incrivelmente
criados, consciente e inconsciente, o cérebro e as reações químicas geram um
turbilhão de vontades e pensamentos que talvez nunca sejam realizadas e jamais
serão ditos.
Qual será
a verdade de tudo isso? São tantos sinais que não conseguimos decifrar, mas
algo fica claro, ignorar tanta magia é impossível.
Dentro
de cada ser humano existe um poder que na maioria dos seres ficará ali,
latente.
Tenho
um poder que parece aos olhos de alguns ser algo insignificante, mas aos meus é
algo extraordinário.
Por
vezes sou borboleta, isto, pode ser incredulamente difícil de entender, mas
sendo sincera, significa aceitar que já fui uma lagarta. Mas o que importa aqui
não é o que fui, mas o que me tornei, e que você pode se tornar.
Fascinante
este mistério escondido entre as asas de uma borboleta e suas cores. Misterioso
processo, um aprendizado pelo isolamento e ao atingir certo conhecimento poder
sair do seu cárcere e simplesmente voar. Não importa quanto tempo à mágica possa durar,
o importante é simplesmente agradecer tal dadiva.
Ninguém,
absolutamente ninguém, jamais poderá viver a vida do outro, porque simplesmente
são de outra pessoa. Sem contar as incansáveis mudanças e transformações que
sofremos no decorrer de uma existência, seja longa ou curta.
Podemos
tentar entender os medos, as dores, as frustações, alegrias de outra pessoa,
mas nunca o faremos em plenitude, pois sentir é algo muito individual.
Viver é
de fato um sopro, mas existem momentos que ficam claro que existem os que são
para serem esquecidos.
As
borboletas, sejam de quais cores forem, denotam a nossa incrível capacidade de
evoluir sempre.
E
evoluir é doloroso, então ai vai mais um poder que tenho. Quando minhas asas
azuis de borboleta que sou, deixam de bater, sou arrebatada por algo tão forte
e mesmo que eu caia e não sinta mais meu coração, mesmo que a velocidade da
queda possa deixar apenas o pó, renasço das cinzas e me descubro fênix.