By Clecilene Carvalho
Muitas vezes somos a voz de alguém, porem nem sempre;
Meu choro e minha dor, quantas vezes são minhas, tento ser
livre. E quem é totalmente?
O mar é tão imenso que nem eu sei quem sou talvez seja apenas
metade, sou metade.
Sei que posso chorar, mas não quero, vivo! A dor faz ondas
em nossas faces.
Ver alguém triste e como vislumbrar a imensidão de um olhar no infinito.
Quero apenas me encontrar em um colo, em um sorriso, em um
consolo, quero morar no meu interior, mas já sou escravo dele.
Gostaria de entender quem mora em mim, perguntar, conversar,
saber o que acontece neste meu vulcão em latência.
Olho o infinito e ouço meu grito, o meu próprio, a dor
latente em mim.
Quero encontrar alguém que me faça indagações, que me faça
dizer quem sou.
Quem sou? Deus! Ouça meu lamento, meu sofrimento, meu choro,
tormento, pedido de ajuda.
Não preciso de perguntas e palavras vazias, apenas
compreender onde estou e para que vim.
Ouça-me; não me compreendo! Quero demais? Entendo de
menos? Apenas me guie.
Olho para o infinito e tento-me e ouvir, queria poder te
dizer tudo sem usar nenhuma palavra.
Não tem noção do que se passa em meu coração, tá! Às vezes
nem eu sei.
As pessoas andam tão ríspidas, cruéis, sem sentimento, prontas
para ferir.
Neste mundo, pessoas, me assustam, peço, apenas que me deixem seguir, adeus.
Seus gritos não me assustam, seu dedo apontado não me
amedronta, sinto pena.
Sei que seu medo é a solidão e não a solitude.
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